Um velho cruza a soleira de botas longas
De barbas lonas, de ouro o brilho do seu colar
Na laje fria onde quarava sua camisa e seu alfoge de ca�ador
O meu velho e invis�vel Av�hai
O meu velho e indivis�vel Av�hai
Neblina turva e brilhante em meu c�rebro co�gulo luz de sol
A manta matutina que transparente cortina ao meu redor
Se eu dizer que � bem sabido voc� diz que � bem pior
Mais e pior do que planeta quando perde o girassol
Levo ter�o de brilhante nos meus dedos de minha av�
E nunca mais eu tive medo da porteira
Nem tamb�m da companheira
Que nunca dormia s�
Av�hai
Av�hai
Av�hai
O brejo cruza a poeira de fato existe
Um tom mais leve na palidez desse pessoal
Pares de olhos t�o profundos que amargam as pessoas que fitar
Mas que bebem sua vida, sua alma na altura que mandar
S�o os olhos, s�o as asas, cabelos de Av�hai
Na pedra de turmalina
E no terreiro da usina
Eu me criei
Vou lavar de madrugada
E na cratera condenada
Eu me calei
E se eu calei foi de tristeza voc� cala por calar
Mais e calado vai ficando s� fala quando eu mandar
Rebuscando a consci�ncia com medo de viajar
At� o meio da cabe�a do cometa
Girando na carrapeta
No jogo de improvisar
Entrecortando eu sigo bem a linha reta
Eu tenho a palavra certa
Pr� doutor n�o reclamar