Sei que os dias hão-de dar-me a paz que eu quero Sei que as horas hão-de ser menos pesadas E que as noites em secreto desespero Hão-de ser recordações, águas passadas
Sei que tudo tem um fim, e o fim de tudo É o tudo que me resta por viver E o teu olhar inquieto, onde me iludo É o desvio da minh’alma a se perder
Sei que sempre que te sei em outros braços Há um punhal a atravessar todo o meu ser Os meus olhos a alongarem-se num traço São o espelho da minh’alma a não querer ver
Sei no entanto, que há uma luz no horizonte Que antevejo, entre lágrimas resignadas Que esta história, seja a história onde se conte O que um dia em mim serão águas passadas